Agentes de Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária já estão em Belém 1yo1g

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Grupo atuará em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos em Altamira
Agentes da Força Tática de Intervenção Penitenciária (Bruno Cecim / Agência Pará)

Os 40 agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) pousaram na tarde desta quarta-feira (31) na Base Área de Belém. Eles vão atuar no treinamento dos novos agentes prisionais da Susipe para istrar a crise depois do massacre ocorrido no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRA).

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– Quatro presos são mortos durante transferência de presídio de Altamira a Marabá

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), o pedido de apoio dos federais, ligados ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen), já havia sido feito ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Com as mortes no CRRA, na última segunda-feira (29), o governador Helder Barbalho reforçou a solicitação, por meio de ofício, ao titular da pasta, ministro Sérgio Moro.

O contato em caráter de urgência antecipou a vinda do efetivo para atuação operacional no Estado. Na conversa com o governador do Pará, o ministro lamentou as mortes e determinou a intensificação das ações de inteligência e prontidão da Força Nacional.

Os agentes atuarão em atividades de guarda, vigilância e custódia de presos. Quatro dos 40 homens serão deslocados para Santarém, outros quatro para Altamira e mais quatro para Parauapebas, municípios onde serão lotados os novos concursados.
Os agentes foram recepcionados pelos governador do Estado, Helder Barbalho, e pelo staff de segurança pública do Pará Os agentes foram recepcionados pelos governador do Estado, Helder Barbalho, e pelo staff de segurança pública do Pará (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

Ainda de acordo com a Susipe, os 28 restantes ficarão na Região Metropolitana de Belém, local de lotação dos demais agentes prisionais. Os agentes federais atuarão junto à Polícia Militar, estabelecendo procedimentos e rotinas operacionais dentro das unidades prisionais.

Posteriormente, agentes federais de outros estados devem chegar ao Pará e incorporar a FTIP, para atuar da mesma forma, ou seja, acompanhando os novos agentes nas casas penais.

Investigação – Sobre a morte de quatro detentos que seguiam do Centro Regional de Altamira para Belém em um caminhão-cela, na madrugada desta quarta-feira (31), o secretário Ualame Machado anunciou que o laudo pericial realizado pelo Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” confirmou asfixia mecânica, causada por estrangulamento, como causa mortis. A mesma análise indicou que o veículo seguia todas as exigências feitas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), e estava com o sistema de ventilação em pleno funcionamento.

Pelo menos mil operações de transporte desse tipo, em carros semelhantes, foram realizadas só este ano no Pará, sem quaisquer ocorrências. Testes feitos pelo C confirmaram que o isolamento não permite escutar o que ocorre dentro do baú do caminhão, mesmo por quem está na boleia.

Ualame Machado relatou que os 30 presos, todos pertencentes à mesma facção criminosa que liderou o ataque em Altamira, seguiam em quatro celas com algemas plásticas, que os uniam de dois em dois. O Depen proíbe a presença de agente prisional dentro do baú junto com os detentos, por isso eles eram monitorados por um sistema de quatro câmeras, assistidas por quem estava na boleia. O fato se deu entre os municípios de Novo Repartimento e Marabá, em um trecho de estrada não asfaltado. Segundo o titular da Segup, essa condição pode ter provocado falhas na transmissão do sinal monitorado.

“Eles não morreram pela qualidade do transporte. Mas em algum momento se desentenderam, e a motivação está sendo investigada. Foi instaurado um inquérito policial em Marabá, e os 26 estão sendo ouvidos para esclarecer. Todos eles, por muito tempo, inclusive por meses, conviveram na mesma ala e até mesma cela”, informou Ualame Machado.

Marcas e arranhões – O delegado-geral Alberto Teixeira confirmou que nove presos estão diretamente envolvidos nas quatro mortes, pois estavam com as algemas rompidas. Os demais podem responder por omissão relevante, pois tinham como ver o que ocorreu. Tanto os mortos quanto os suspeitos possuem marcas e arranhões, o que indica luta corporal, e por isso deverão ser feitos exames de DNA para confirmar quem cometeu os crimes.

Para Alberto Teixeira, não há dúvidas de que as mortes ocorreram dentro do baú, e que todos os presos estavam algemados corretamente. “Ocorre que estavam com uma amarra que, no conjunto de força, é capaz de quebrar. Mas não se pode prever isso em um grupo da mesma facção. O sistema fez milhares de transportes, até de mais custodiados, e nunca houve problemas”, explicou.

Os 26 detentos permanecem na Seccional de Marabá, ando pelos procedimentos de autuação. Em seguida, serão apresentados à Justiça e encaminhados a audiências de custódia. Ainda será definido o local para onde serão enviados.
Por:Redação Integrada
31.07.19 17h27
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