Químico é preso acusado de adulterar leite com soda cáustica 1w2c9

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Homem é preso por adulterar leite com soda cáustica e água oxigenada. Operação investiga práticas nocivas à saúde pública. | Divulgação

Homem é preso por adulterar leite com soda cáustica e água oxigenada. Operação investiga práticas nocivas à saúde pública.

Asoda cáustica é um produto químico comumente usado para desentupir pias e é um importante ingrediente para a fabricação de produtos como o sabão. Porém, segundo especialistas, se manuseada de maneira incorreta e sem a proteção devida, a soda cáustica pode ser fatal para a pele e ao organismo.

Segundo a Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico (FISPQ), que trata do hidróxido de sódio no formato líquido – nome científico da soda cáustica – o produto é tóxico e pode provocar queimaduras e danos graves aos olhos. Além disso, quando inalada, a soda cáustica também pode provocar sintomas alérgicos, de asma ou dificuldades respiratórias, bem como penetrar nas vias respiratórias.

O produto químico é registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como um “saneante corrosivo”. Produto este que era indevidamente utilizado, segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que deflagrou a 13ª fase da Operação Leite Compensado, que investiga a adulteração de derivados lácteos com produtos nocivos à saúde, como a soda cáustica. Entre os presos nesta quarta-feira (11) está um químico industrial conhecido como “Mago do Leite”.

Os criminosos também utilizavam água oxigenada na produção de leite UHT, composto, em pó, soro, entre outros. Também foram encontrados, segundo o Ministério Público, “pelos indefinidos” e sujeira dentro de embalagens dos produtos, fabricados em uma indústria no município gaúcho de Taquara, no Vale do Paranhana.

Ainda foram presos o diretor istrativo da empresa, uma funcionária e outro suspeito em São José do Rio Preto. Também foi apreendida com o diretor uma arma de fogo com numeração raspada.

O Mago do Leite, também conhecido como “Alquimista”, já havia sido alvo da 5ª fase da operação, em 2014, quando foi acusado de fazer a adulteração em uma indústria no Vale do Taquari. Ele aguardava há dois anos por uma tornozeleira eletrônica, de acordo com o MPRS. O químico foi absolvido de uma condenação em 2005 por um caso semelhante e recebeu medida cautelar pela Justiça em Teutônia, no Vale do Taquari.

Também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em empresas e casas nos municípios gaúchos de Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e na capital paulista. A Operação Leite Compensado contou com a colaboração do Ministério da Agricultura, Receita Estadual, Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental), Ministério Público de São Paulo, Polícia Civil e Brigada Militar.

Após sete anos da última fase, o MPRS deflagrou a 13ª etapa após novas denúncias. “Com a denúncia de 2024 se confirmou um novo risco e, para nossa surpresa, lá estava o alquimista – ou mago do leite. Era para ele estar usando tornozeleira eletrônica, era para sair a condenação dele da ‘Leite 5’. Mas, enquanto essas questões básicas não ocorrem, o que ele faz? Adultera leite, e pior, aprimora seus mecanismos de ação”, disse o promotor Mauro Rockenbach.

A soda cáustica é utilizada para ajustar o PH do leite e diminuir a acidez do produto. Segundo o promotor Luz Bastos da Silva Filho, ela desaparece rapidamente, o que dificulta a identificação em análises. “Já a água oxigenada serve para matar micro-organismos e recuperar produto em deterioração”, explica.

Os produtos da indústria alvos desta fase são distribuídos para todo o Brasil e até para a Venezuela. Segundo o órgão, a empresa participa de “várias licitações em muitas partes do país” para fornecimento de laticínios. Entre os clientes estaria uma cidade paulista.

Os nomes dos suspeitos e da empresa não foram divulgados. O espaço segue aberto para manifestação.

Fonte: Folhapress  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 12/12/2024/08:57:21

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