Garimpeiros vendem pacote de calabresa por mais de mil reais e dois frangos custam R$ 700 na Terra Indígena Yanomami 68416

Contabilidade produtos vendidos em garimpo na Terra Indígena Yanomami. — Foto: Bruno Mancinelle/Casa de Governo 6e48y

Valores de produtos estavam anotados em alguns cadernos, encontrados em um garimpo localizado na região de Surucucu. Forças de Segurança também localizaram e destruíram motores, geradores, antenas e utensílios de cozinha em um acampamento.

Um pacote de calabresa por mais de mil reais, dois frangos por R$ 700 e um botijão de gás de cozinha por R$ 665. Estes são os valores de alguns produtos vendidos por garimpeiros ilegais dentro da Terra Indígena Yanomami. Eles foram encontrados durante uma operação para destruir acampamentos clandestinos.

Os valores estavam anotados em alguns cadernos, encontrados em um garimpo localizado na região de Surucucu. As informações foram divulgadas na noite dessa sexta-feira (20) pelo governo federal.

Produtos vendidos em garimpo ilegal dentro da Terra Yanomami. — Foto: Bruno Mancinelle/Casa de Governo
Produtos vendidos em garimpo ilegal dentro da Terra Yanomami. — Foto: Bruno Mancinelle/Casa de Governo

 

 

 

 

 

 

 

Na lista havia os preços de combustíveis, botas de borracha, caixa de chocolate, cigarros e produtos de primeira necessidade, como arroz, feijão, leite e açúcar. O ouro extraído do garimpo ilegal era usado como moeda de troca. Atualmente, a grama do minério está cotada em R$ 350.

No local, um pacote de calabresa era vendido por 3 gramas de ouro, equivalente a R$ 1.050. Um galão de 50 litros de combustível chegava a R$ 2,8 mil e alimentos mais básicos, como 3 kg de farinha, custavam R$ 1.260.

Um par de botas de borracha era vendido a 1,5 gramas de ouro, mais de R$ 500. O o à internet, por aparelhos via satélite, também era vendido. Um dia de o custava 0,5 gramas de ouro, correspondente a R$ 175.

“Esses valores revelam o custo humano e econômico da exploração em áreas remotas. O trabalhador do garimpo não só se submete a condições perigosas e ilegais, mas também enfrenta uma economia inflacionada devido à dificuldade de o a bens essenciais”, afirmou Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo, que tem o objetivo de monitorar e enfrentar a crise na terra indígena.

Lista encontrada por Forças de Segurança do governo federal têm valores de combustíveis, utensílios para trabalho no garimpo e até farinha. — Foto: Bruno Mancinelle/Casa de Governo
Lista encontrada por Forças de Segurança do governo federal têm valores de combustíveis, utensílios para trabalho no garimpo e até farinha. — Foto: Bruno Mancinelle/Casa de Governo

 

A estrutura dos garimpos ilegais dentro da floresta pode ser, muitas vezes, comparada a uma minicidade na floresta. Operações da Polícia Federal já encontraram prostíbulos, boates, festa de carnaval, bingos, serviço de Wi-fi, restaurantes e até um consultório odontológico em plena floresta.

Cercado pela densa floresta amazônica, o território Yanomami é de difícil o. As mercadorias dos garimpeiros são transportadas por aviões e helicóptero, que aterrissam em pistas improvisadas para aeronaves de pequeno porte, ou por embarcações até o interior da terra indígena.

O o a muitos garimpos é feito principalmente por meio aéreo, em voos clandestinos. Um voo partindo de Boa Vista, capital de Roraima, até um desses garimpos pode custar até R$ 20 mil.

A geografia isolada faz com que cada item tenha um preço inflacionado, forçando os garimpeiros a usarem grande parte do ouro extraído para adquirir produtos de primeira necessidade, segundo o governo.

Para o governo federal, os presos “evidenciam o peso financeiro que recai sobre os trabalhadores ilegais da mineração”, que entram no território com a esperança de ficar rico com o ouro do garimpo ilegal.

“Muitos entram nesse ambiente com a esperança de ganhos céleres, mas rapidamente se veem presos em um ciclo de dívidas e despesas altíssimas. Enquanto os garimpeiros gastam grande parte de seus lucros em logística e materiais essenciais, como comida e combustível, o maior lucro do garimpo acaba nas mãos do dono ou financiador, que muitas vezes nunca pisou no local. Esses financiadores controlam a operação a distância, acumulando a maior parte dos ganhos”, disse o governo

No início deste mês de setembro, a Polícia Federal cumpriu, em Roraima e Rondônia, cinco mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão em uma operação para combater a logística e o financiamento das organizações que favorecem o garimpo ilegal da Terra Indígena Yanomami. Além disso, foram bloqueados R$ 834 mil em bens.

A operação, batizada de Taurus Aureus, é ligada à Operação Libertação, deflagrada pela PF fevereiro de 2023, com ações permanentes para a expulsão dos garimpeiros invasores no território indígena.

Um dos alvos da nova operação era o responsável por coordenar a logística para o garimpo no território Yanomami. Outro, comprava gado com o dinheiro do garimpo ilegal. As investigações apontam que o grupo criminoso utilizava uma fazenda como base de apoio para o garimpo, enviando suprimentos como combustível para a região do baixo rio Mucajaí, uma das áreas mais afetadas pela mineração ilegal.

Terra Indígena Yanomami

Com 9,6 milhões de hectares, a Terra Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial e enfrenta uma crise de saúde devido ao avanço do garimpo ilegal, com casos graves de indígenas com malária e desnutrição severa.

A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.

Apesar das atividades de combate ao garimpo na região deflagradas em fevereiro de 2023, os invasores continuam em atividade. O Ministério dos Povos Indígenas estimou em março deste ano que 7 mil garimpeiros permanecem na região.

Fonte: g1 RR — Boa Vista e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 23/2024/14:48:04

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Exército desativa seis garimpos na Terra Yanomami e apreende avião, ouro e mercúrio em RR 4r4dk

Avião PT-JSS foi encontrado destruído, após colidir com as árvores durante a tentativa de fuga — Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

Garimpos ficam na região do Surucucu, conforme o Exército. Foram apreendidos 0,5 gramas de ouro e aproximadamente 1,2 kg de mercúrio.

Seis garimpos foram desativados durante ação do Exército nos dias 10 e 11 de março, na região do Surucucu, dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Nos acampamentos, foram apreendidos uma aeronave, ouro, e garrafas com mercúrio, produto usado no processo de extração mineral.

Segundo o Exército, na quinta-feira (10) os alvos foram os garimpos do Capixaba, Hélio e do Rangel. Durante a ação, as equipes encontraram uma aeronave PT-JSS destruída que teria colidido em árvores durante uma tentativa de fuga.

Além disso, foram apreendidos celulares, 14 munições calibre 12 e 20, GPS, 0,5 gramas de ouro e duas garrafas de mercúrio de 1,090g. Uma pista de pouso no garimpo do Capixaba também foi destruída, conforme o Exército.
Área de garimpo desativado pelo Exército na região do Surucucu — Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

Área de garimpo desativado pelo Exército na região do Surucucu — Foto: Divulgação/Exército Brasileiro
Área de garimpo desativado pelo Exército na região do Surucucu — Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

Já na quinta-feira (11), a ação ocorreu nos garimpos do Espadim, Mucuim e Pau Grosso. Foram apreendidos quatro munições calibre 9mm e 38, dois carregadores de pistola .58 e aproximadamente 200g de mercúrio. Também foram destruídos três motores de garimpo e seis geradores.

A ação faz parte da Operação Verde Brasil 2 e foi conduzida pela 1ª Brigada de Infantaria de Selva, com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), Polícia Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).

Terra Yanomami

A Terra Yanomami é a maior do Brasil, com mais de 9 mil hectares distribuídos entre os estados de Roraima e Amazonas, a região abriga 26.780 indígenas. A estimativa é que cerca de 20 mil garimpeiros ilegais estejam infiltrados no território.

Em fevereiro, o governador Antonio Denarium (sem partido) sancionou uma lei que libera o garimpo de todos os tipos de minérios em Roraima. À época, o governo afirmou que o texto não contempla áreas indígenas ou federais. A lei, no entanto, foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 20 do mesmo mês.

Material apreendido pelo Exército no dia 11 — Foto: Divulgação/Exército Brasileiro
Material apreendido pelo Exército no dia 11 — Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

Por G1 RR
-12/03/2021 17h30
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